12 de novembro de 2016

Hoje não escrevo nada

Hoje não consigo escrever nada... 
Hoje não quero escrever nada...
Hoje não me vou esforçar...
Hoje só quero agradecer
A todos os que por aqui passaram
Hoje as palavras são para vós
Que me leram e elogiaram
Que leram e não gostaram
Que leram e partilharam
Muito obrigada! 

Vou continuar a dedicar-me
Mas não hoje... hoje  não consigo
Hoje fico-me por aqui...


                                                                                    (imagem retirada da net)




11 de novembro de 2016

A vida é um teatro

A vida é um teatro

A vida é uma peça de teatro onde cada um de nós é o protagonista.
Apesar dos ensaios por vezes falhamos e somos apupados. Somos os maus atores, os fingidores básicos e mal-formados.
Por vezes não temos ninguém na plateia a assistir e sentimo-nos derrotados, desiludidos e desamparados.
Por vezes quem assiste à peça bate palmas por bater, por simpatia, por amizade... e nós não andamos no teatro para isto... Nós, os atores da vida real queremos esgotar bilheteiras, queremos impressionar crianças e adultos, queremos deixar boquiabertos todos os que pagaram bilhete...

Hoje na minha escola eu senti que os "meus" atores preferidos mostraram que nem sempre isto acontece...

Subiram ao palco e depois de 2 ou 3 ensaios mostraram aos colegas de outras turmas que é possível fazer um belo espetáculo quando se tem vontade, quando se quer mostrar aos outros de que fibra somos feitos e quando se sabe que há alguém que acredita em nós!

As minhas 25 crianças ficaram tão felizes com os aplausos sinceros das outras 120. Fiquei orgulhosa e soube muito bem dar-lhes os parabéns, dizer-lhes que estiveram perfeitos e que deixaram a professora mais feliz do que nunca!
  
Hoje esgotámos bilheteiras, hoje impressionámos crianças e adultos e, apesar de não terem pago bilhete ficaram de boca aberta...

Foi um dia muito feliz e emocionante, para mim e para eles! Ao poucos vou-me despedindo destes miúdos... Foi o último S. Martinho com eles... Vou ter saudades!

Mais uma mensagem

Sofia ia já na página 215 do livro Misery de um dos seus autores favoritos, Stephen King, quando o comboio abrandou e estacou... em cima da ponte.
"Outra vez?!" -pensou ela. Nos últimos tempos acontecia com alguma frequência este tipo de contratempo, no entanto, Sofia não se preocupou muito. Estava de regresso a casa e por mais atrasada que chegasse, ninguém ia dar pela sua falta, ninguém a esperava para jantar. Vivia sozinha há  muitos anos, há anos demais, pensava ela por vezes...
Sofia olhou em seu redor e teve pena das outras pessoas que mostravam estar aborrecidas, preocupadas e até  mesmo nervosas com a situação, possivelmente algumas teriam os filhos na escola à sua espera; o jantar para cozinhar ou aquecer; um marido ansioso e preocupado com a demora... Enfim, Sofia preferia saber que quem a esperava em casa não tinha grande noção do tempo ou das horas e que nunca ficaria preocupado por a  sua dona estar atrasada. O Kiko gostava dela mas adorava a sua caminha e só ronronava perto da dona quando tinha fome. O gato Kiko era a única companhia de Sofia!
Sofia tirou os fones dos ouvidos aguardando ouvir alguma informação relacionada com a paragem do comboio mesmo no meio da Ponte 25 de abril. Mas logo voltou a colocá-los pois as conversas banais e parvas das pessoas que a rodeavam deixavam-na... entediada. "Serei uma anti-social?" pensou ela enquanto esboçava um ligeiro sorriso e abanava ligeiramente a cabeça.
Fones colocados e volume quase no máximo pois era assim que gostava de ouvir música... Plug In dos Muse faziam-na fechar os olhos, sentir as notas desconcertantes da faixa e querer poder cantar baixinho ou alto, como faz em casa quando está sozinha, com o Kiko.
O livro ficava agora para segundo plano... a música absorvia-a de tal maneira que tudo à volta parecia desaparecer, a mensagem da letra e a envolvência da voz de Matthew Bellamy, deixavam-na num êxtase difícil de explicar... Por sorte já tinha visto a banda ao vivo e desde então tinha ficado ainda mais fanática por eles. Sim, Sofia era incapaz de gostar apenas de algo... ela era uma mulher de extremos... ou amava ou odiava. Portanto ela amava os Muse e todas as suas músicas...
Estava já a ouvir New Born quando o comboio muito lentamente retomou a sua marcha... abriu os olhos e olhou pela janela do comboio, tentando ver o rio ou a capital mas já era noite e os vidros apenas refletiam o interior do comboio. Voltou a fechar os olhos e abanar a cabeça ao som da música.
Queria chegar a casa, tomar um banho, vestir o pijama quente e pouco sexy, comer uma sopa e aninhar-se no sofá... Possivelmente seria das poucas mulheres de 40 anos e solteira a desejar este programa para uma sexta-feira à noite. Mas Sofia era assim... tinha os seus hábitos, rituais, manias... sabia que era uma pessoa difícil, diferente e única mas... adorava ser assim!
Estava a chegar à sua estação então arrumou o livro na mala, sabendo que mais logo, antes de adormecer leria mais umas páginas; desligou a música do seu telemóvel e arrumou os fones.
Voltou a olhar para o telemóvel para ver as horas quando reparou que tinha uma mensagem. Desbloqueou o telemóvel enquanto se levantou do lugar e se dirigiu para as escadas. Estava muita gente a fazer o mesmo que Sofia e enquanto esperava que o comboio parasse e a porta se abrisse, Sofia, franzindo a testa, abriu a mensagem cujo número não reconheceu logo.
Leu a mensagem uma, duas, três vezes e não gostou do que leu. "Não acredito que isto me vá acontecer de novo... " - pensou ela enquanto apagava a mensagem e saía apressada do comboio. Se alguém a estivesse a observar notaria que os seus olhos de repente, ficaram marejados de lágrimas!

9 de novembro de 2016

A vida é muito curta

No dia em que acordámos com a notícia que Donald Trump foi eleito para presidente dos Estados Unidos deveria escrever algo sobre este assunto, no entanto, não me vou pronunciar por agora sobre o mesmo. Prefiro escrever sobre algo que me está a deixar preocupada, não com o mundo mas comigo...

Lembro-me de rir ao ver a minha mãe adormecer no sofá a ver a novela.
Lembro-me de rir por ver as pessoas mais velhas franzirem a testa ao tentar ler um rótulo de uma embalagem.
Lembro-me de rir ao ver senhoras mais velhas a pintar o cabelo todos os meses...

Pois agora chegou a minha vez de fazer estas três coisas entre tantas outras que só afetavam as pessoas mais velhas. Apercebi-me que já sou uma dessas pessoas!

Adormeço no sofá a ver qualquer série do meu interesse; foco o olhar para ler"qualquer coisa" com letras mais pequenas e sim, já tenho tantos cabelos brancos que um dia uma aluna me perguntou se eu já era nascida quando foi o terramoto ... de 1755. Lembro-me de ir à Expo98 como se fosse ontem e afinal já foi há 18 anos; muitos dos meus primeiros alunos já são pais e em algumas fotos já pareço a minha mãe!

Caramba... quando é que isto aconteceu? Como é que o tempo passou tão rápido e eu nem dei por ele?

É por isso que cada vez mais tenho a certeza que "a vida é muito curta para só ser feliz ao fim-de-semana"!

8 de novembro de 2016

Desafiei-me a fazer isto... e agora?

Pois é, o bichinho continua cá dentro... gosto de escrever, gosto de ler, gosto de blogues por isso desafiiei-me a escrever todos os dias no blogue.

Diz quem sabe, que um hábito para ficar realmente enraizado deve ser repetido durante 21 dias,  pois então é este o meu dasafio.

Caso falhe, perguntam vocês... sei lá... vou ao castigo!

Desafio iniciado

Dia1- feito