Afinal é fácil escrever, partilhar, amar, sorrir, abraçar, costurar, dançar, comer, conversar, escutar, sonhar, passear, brincar... Este blogue é como que um diário onde partilho o que me apetece. Gosto de escrever, inspirar, ler, fazer rir, motivar.... São bem-vindos a entrar, ficar, comentar, ajudar, dar ideias, partilhar...! Gosto disto! Obrigada!
28 de maio de 2017
Festa é festa
26 de maio de 2017
No meu silêncio
@ No silêncio dos meus pensamentos atormentados perco-me.
Perco-me no diálogo rebuscado e ofensivo dos meus eus.
Perco-me no desafio de querer ignorar estas vozes, estes gritos, estes diálogos.
Conversas egoístas onde nenhum dos meus eus ouve o outro.
Inimigos, incongruentes, confusos, devastadores.
Paro para ouvir com atenção. Paro para tomar uma decisão.
Deixo de os ouvir. Calam-se. Mas estão lá!
Sombras escondidas nas sombras da assombrada mente onde vivem, crescem, alimentam-se e reproduzem-se. Seres vivos imortais.
Paro para escutar mas eles, calados observam-me e esperam... quando me distrair voltam a sair das sombras, sorrateiramente e gritam palavras obscenas, riem, riem muito. Falam alto. Eu ignoro ou tento ignorar, mas sei que falam de mim ou para mim... não sei!
Gritam, pulam, movimentam-se. Abanam todo o meu ser. E eu?...
Fujo. Escondo-me. Encolho-me num canto escuro da minha mente e fico por lá. Aguardo ansiosamente que se calem. Aguardo até morrer, se preciso for, pois não encontro forças para os matar primeiro.
Vera
23 de maio de 2017
Por um planeta melhor...
Normalmente peço para reutilizarem os sacos mas nem sempre me ouvem, principalmente o miúdo de 12 anos, que está a entrar "naquela fase", nunca ouve o que a mãe diz.
Resolvi a questão desta forma: peguei num tecido plastificado e num instante fiz esta bolsinha para a miúda.

Vamos começar amanhã a experiência. Em princípio vai ser para levar uma peça de fruta, no entanto, dá também para levar pão, bolachas, frutos secos...
O material é lavável à mão ou na máquina e o melhor de tudo: protegemos o meio-ambiente e poupamos dinheiro.
Assim que tiver um tempinho livre, sento-me à máquina e faço mais uns saquinhos do mesmo género. Vou querer um ou dois para mim, claro!
Já o rapaz de 12 anos... vai ser mais difícil mas, nada como um "chorudo" aumento na mesada para o convencer a usar uma bolsinha destas.
19 de maio de 2017
Mais uma mensagem XXII
A cama. O ponto de encontro. O porto de abrigo. O ninho. O núcleo. O ponto de partida de uma relação proibida. O começo de um relacionamento privado. O berço de momentos únicos, irrepetíveis e inesquecíveis. Sofia passou a chamar-lhe "a nossa cama".
Filipe não se importava. Mas lá no fundo queria ter Sofia todos os dias. Queria ensiná-la a surfar. Queria cozinhar para ele os seus pratos preferidos. Queria poder ver a linda e sensual Sofia a envelhecer a seu lado. Nunca lhe disse isso. Guardou-o para si. Ela nunca iria entender.
Fecharam a porta do quarto e deram um último beijo. Mas ambos sabiam que não era o último beijo. Ambos sabiam que assim que a fome voltasse e o desejo surgisse, aquela porta tornaria a abrir-se para eles. A cama voltaria a ser a "sua cama". As paredes do quarto pequeno, simples e de cores claras voltariam a presenciar momentos únicos, irrepetíveis e inesquecíveis.
Mais uma mensagem II
Mais uma mensagem III
Mais uma mensagem IV
Mais uma mensagem V
Mais uma mensagem VI
Mais uma mensagem VII
Mais uma mensagem VIII
Mais uma mensagem IX
Mais uma mensagem X
Mais uma mensagem XI
Mais uma mensagem XII
Mais uma mensagem XIII
Mais uma mensagem XIV
Mais uma mensagem XV
Mais uma mensagem XVI
Mais uma mensagem XVII
Mais uma mensagem XVIII
Mais uma mensagem XIX
Mais uma mensagem XX
13 de maio de 2017
10 de maio de 2017
Mais uma mensagem XXI
Acabou de ouvir a música, inspirou fundo e pensou que tinha chegado o momento. O momento de esclarecer tudo com Filipe, com o surfista loiro de olhos azuis que faz o seu coração bater mais forte desde o verão passado. Enquanto subia a rua deserta que a levaria ao encontro marcado, apertou até acima o seu blusão de penas, tremeu de frio e reviu na sua mente o que tinha planeado dizer. Sentia-se nervosa e ansiosa... como uma atriz que se prepara para subir ao palco e estrear uma nova peça. Era a atriz principal e no momento estava com medo de ter uma branca. Tinha tantas perguntas para lhe fazer... mas temia que ao contracenar com o outro protagonista ir-se-ía esquecer de tudo.
Num instantinho chegou ao miradouro que estava praticamente deserto... Olhou para o seu relogio de pulso, 21h35, estava 5 minutos atrasada mas não se preocupava pois andou a adiar este encontro por quase 3 meses.
Percorreu o local com os olhos pouco habituados ainda à luminosidade que se fazia sentir e vislumbrou um grupo de 4 jovens rapazes que, sentados no muro do miradouro, conversam, riam e fumavam uns cigarros duvidosos. Viu também, sentado num dos bancos de madeira da praça, um idoso, provavelmente, sem-abrigo, acompanhado pelo seu cão, por sinal também com bastante idade. Sentiu compaixão pelos dois. Estava frio e ambos mereciam um sitio mais aconchegante e quente para passarem a noite.
Finalmente viu o surfista, sentado no muro do miradouro com as pernas para fora, virado para o precipício e de costas para ela. Tinha o cabelo solto que voava revolto ao sabor do vento frio e agreste que soprava. Suspirou, encheu o peito de ar frio e sussurrou:"Vai-te a ele Sofia" enquanto dava o primeiro passo da curta caminhada até ele.
- Boa noite! - a voz saiu-lhe rouca e sumida e teve até receio que fosse inaudível. Mas o surfista ouviu e virou-se com rapidez assim que escutou aquela voz doce e sensual...
Com um grande sorriso nos lábios mas olhar inquisidor e reticente respondeu:
- Olá Sofia, como estás? - saltou do muro e ficou de pé em frente a ela com uma tremenda vontade de a abraçar, de a elevar nos braços e de beijar os seus lábios. Conteve-se, mas desejou que aquele encontro permitisse que tal voltasse a acontecer.
Sofia cumprimentou-o, friamente, com dois beijos na face e as suas pernas tremeram e fraquejaram... Era impossível deixar a cabeça mandar, por mais planos racionais e inteligentes que fizesse, por mais séria e adulta que tentasse ser continuava a sentir-se uma adolescente parva que não sabe reprimir e controlar os sentimentos.
Ambos sorriram e durantes uns breves segundos os seus olhares ficaram presos um no outro. O momento foi interrompido pela voz de Filipe:
- Já jantaste Sofia? Podemos ir até ao meu restaurante, comemos qualquer coisa e conversamos. - propôs o surfista.
- Pode ser... ainda não comi nada e gostava de conhecer o teu restaurante. -respondeu Sofia hipnotizada pelo olhar profundo do surfista.
- Então vamos lá! - Filipe estendeu a mão a Sofia de modo a que ela lhe desse a sua mas assim que viu o olhar reprovador da rapariga baixou a mão e riu-se baixinho.
No restaurante, jantaram calmamente e conversaram. Sofia disse-lhe que tinha ficado desiludida com o facto de depois de terem uma noite magnífica de sexo, ele a ter abandonado sem grandes explicações. Acabou por se sentir usada e abandonada. Sabia que ele tinha uma namorada mas achava que merecia uma conversa antes de ele desaparecer.
Filipe sentiu-se terrivelmente mal... acabou por explicar que tinha gostado tanto daquela noite que desde então não pensava noutra coisa. Foi-se embora com receio de se apaixonar por Sofia... Filipe sabia que ela não queria relacionamentos sérios e preferiu não prolongar algo que não teria futuro.
- Bem, parece que nenhum nós sabe o que o outro quer... ou melhor, nenhum de nós sabe o que quer! - disse Sofia saboreando um gole de vinho tinto.
- Eu sei que te quero Sofia! Sei que todos os dias desde essa noite de verão penso em ti e que me apetece ter-te de novo nos meus braços... - sorriu e esticando o seu braço roçou os seus dedos, ao de leve, na face de Sofia que o olhava embevecida ao ouvir tais palavras.
Fechou os olhos e apreciou o toque carinhoso do surfista. Num repente, sentiu os lábios quentes e macios de Filipe a beijarem os seus. Um beijo intenso, profundo e arrebatador que não durou mais que 3 ou 4 segundos mas que chegou para paralisar a respiração e os batimentos cardíacos dos dois.
- Filipe... és louco! - olhou em volta de modo a perceber se o momento ousado e proibido tinha sido visto por um dos empregados ou pelo casal que jantava na mesa do outro lado do pequeno restaurante. Mas ninguém viu.
- Calma - sorriu Filipe e os seus olhos azuis brilharam de paixão. - Tinha tantas saudades tuas! Fica cá está noite... comigo!
Sofia nem queria acreditar no que ele lhe estava a propor... Era tão errado, mas tão incrivelmente tentador... Sofia não controlava os seus pensamentos que voaram até à praia da Riviera onde, há apenas 3 meses se entregara a Filipe. A hipótese de voltar a estar com ele, de voltar a senti-lo em si deixou Sofia com a estranha sensação, no baixo ventre, que mostrava claramente o que o seu corpo queria que respondesse.
- Filipe... vou ser muito sincera contigo. Eu vinha preparada para pôr um ponto final neste assunto. Cada qual devia seguir a sua vida e fazer os possíveis para esquecermos tudo o que se passou. - Filipe olhava-a com atenção, mas com um sorriso provocador, antecipando como iria terminar aquele monólogo. - Eu vinha preparada para tudo isso, mas tu tens o dom de me deixar a tremer por dentro... - sorriu e desviou o olhar envergonhada.
- Hum... estou a gostar desta parte... deixo-te a tremer?! - levantou-se rapidamente, piscou-lhe o olho e afastou-se em direção à cozinha do restaurante.
Sofia riu-se e aguardou o seu regresso. Terminava o vinho que ainda tinha no copo quando Filipe regressou com duas taças de mousse de chocolate.
- Espero que gostes de mousse caseira! E espero que não leves a mal esta minha pressa.. é que eu agora só te quero tirar daqui!
- Filipe... tu és mesmo doido!
Sofia sabia que nada do que tinha planeado estava a acontecer, no entanto, percebeu que naquele momento intenso estavam ambos tão felizes, que nada haveria a fazer. Ia ter de passar a noite por ali... No dia seguinte logo voltaria ao plano A, ou não...
Mais uma mensagem II
Mais uma mensagem III
Mais uma mensagem IV
Mais uma mensagem V
Mais uma mensagem VI
Mais uma mensagem VII
Mais uma mensagem VIII
Mais uma mensagem IX
Mais uma mensagem X
Mais uma mensagem XI
Mais uma mensagem XII
Mais uma mensagem XIII
Mais uma mensagem XIV
Mais uma mensagem XV
Mais uma mensagem XVI
Mais uma mensagem XVII
Mais uma mensagem XVIII
Mais uma mensagem XIX
Mais uma mensagem XX
8 de maio de 2017
Dia da Mãe... é só mimos
Nunca liguei muito aos "dias de qualquer coisa" e o dia da mãe está incluído. Assim, este dia da mãe fomos apenas dar uma voltinha à Fonte da Telha para beber um café e para os miúdos darem uns toques na bola.
Na esplanada, preparava-me para tirar umas selfies com o miúdo adolescente quando ele me diz:
- Estás cheia de cabelos brancos, mãe!
O meu olhar de reprovação faz com que ele e o pai desatassem a rir. Mas não ficou por aqui no que aos mimos diz respeito:
- Olha... e também tens bigode! -apontando para o meu buço que aguarda uma sessão de depilação definitiva na minha esteticista.
Risota dos dois marmanjos, sabendo que eu nem levo a mal estas brincadeiras.
Chega a miúda que tinha estado no areal a dar uns toques e peço-lhe ajuda.
- Lara, querida, ajuda-me... Diz-me coisas bonitas - peço-lhe com cara tristonha, ao que ela responde com cara de anjo:
- Lara!!!
Tenho uma família de cómicos e ninguém me tinha avisado!
1 de maio de 2017
Mais uma mensagem XX
A Patrícia, sua namorada e companheira, apesar de andar tão distraída e ocupada com os campeonatos de surf que organizava pelo país inteiro, reparava que ele andava distante e diferente... indiferente também. Questionou-o várias vezes sobre a razão da sua indiferença, chegando mesmo a perguntar-lhe se ele havia conhecido outra pessoa. Fê-lo em tom de brincadeira mas deixou Filipe ainda mais ansioso em relação aos seus sentimentos. Não iria pôr em causa uma relação certa e real com Patrícia por não conseguir parar de pensar em Sofia. Ainda se ela lhe ligasse, se lhe desse um sinal de que valeria a pena... possivelmente ele não esperaria pela segunda oportunidade.
Por várias vezes pensou voltar à Costa de Caparica... por várias vezes ponderou telefonar a Sofia para ouvir a sua voz e o seu riso... mas de cada vez que tal lhe passava pela mente, acabava por desistir pois sabia que ela estava bem sozinha e que muito provavelmente nem pensava nele. Ela mesma tinha afirmado que não estava disponível para relacionamentos longos...
Acabou por se dedicar ao seu novo negócio um restaurante bem perto da Nazaré, no Sítio, onde podia, a qualquer altura pegar na sua prancha e dominar as ondas ou simplesmente sentar-se numa das escarpas e observar o mar, o pôr-do-Sol e toda a beleza natural que tanto adorava. Por vezes visitava os seus avós em Abrantes, a sua cidade Natal. Sabia bem voltar a casa, estar com os amigos e com os seus segundos pais. Os avós cuidavam dele desde que Filipe ficara órfão e esmeraram-se na sua educação. De qualquer forma Filipe tinha sido um jovem rebelde e malandro, até conhecer Patrícia num campeonato de surf na praia Grande. Apaixonaram-se logo e pouco tempo depois já viviam juntos. Foi com Patrícia que Filipe se imaginou casado, a ter filhos... Tinham o mesmo estilo de vida, ambos tinham os mesmos interesses e Filipe conseguia imaginar-se a ser fiel àquela mulher... Até conhecer Sofia!
Agora tudo o que imaginara com Patrícia visualizava Sofia no seu lugar e a sensação de ser Sofia a sua mulher era muito mais interessante. A ideia de Sofia poder ser um dia a mãe dos seus filhos deixava-o bastante mais feliz...
Mais uma mensagem II
Mais uma mensagem III
Mais uma mensagem IV
Mais uma mensagem V
Mais uma mensagem VI
Mais uma mensagem VII
Mais uma mensagem VIII
Mais uma mensagem IX
Mais uma mensagem X
Mais uma mensagem XI
Mais uma mensagem XII
Mais uma mensagem XIII
Mais uma mensagem XIV
Mais uma mensagem XV
Mais uma mensagem XVI
Mais uma mensagem XVII
Mais uma mensagem XVIII
Mais uma mensagem XIX
Mais uma mensagem XX
Trabalho de grupo do mano
Estão cá em casa 3 amigos do irmão, todos com 12 anos, muito simpáticos e bons alunos.
Sabem o que ela fez? Começou a fazer os TPC e pediu-lhes ajuda.
Chamem-lhe esperta...
Entretanto o trabalho já está feito e eles aproveitaram para andar aos tiros cá por casa...
Atenção, não me estou a queixar, antes pelo contrário... adoro ver que os miúdos crescem saudáveis e felizes.
Venham mais trabalhos de grupo deste género... que os miúdos agradecem! E os pais também!