- Lembras-te dele mana? - voltou a perguntar visto que a sua irmã não respondia.
- Ai Rita, não estou a ver quem é esse Filipe... - mentiu Sofia com a voz a tremer do nervosismo crescente que sentia dentro de si. Naquele momento sentiu o mundo a ruir à sua volta, o coração a acelerar e a respiração a tornar-se ofegante como quando se corre um pouco para apanhar o autocarro. Sofia não queria acreditar que o Filipe estava a jantar com a sua irmã. Não percebia onde é que ele queria chegar...
- Sofia, vê lá se te recordas ... vamos fazer um brainstorm com as palavras que te vou dizer. Estás pronta?
Sofia queria dizer a Rita que não queria continuar aquela conversa, queria dizer para se afastar dele, para fugir enquanto pudesse mas só conseguiu articular um quase inaudível "Estou pronta".
- Olha... ele está aqui à minha frente e já se fartou de rir com a nossa conversa... ele lembra-se de ti! Então vê lá se as seguintes palavras não te fazem lembrar alguém: férias, surf, loiro... girooo! - Se não fosse a situação que era, Sofia teria achado graça ao jogo da Rita mas queria acabar com aquilo.
- Sim, sim já me lembro dele. O Filipe que conhecemos na Costa da Caparica há muitos anos. - respondeu Sofia emprestando à sua voz uma falsa surpresa.
- Bingooo... acertaste! Ele diz para vires cá ter e jantar connosco. Anda mana...
Sofia tinha a cabeça num turbilhão...
O Filipe estava ao fundo da sua rua a jantar com a sua irmã mais nova mas aparentemente, continuava a manter o segredo que partilhavam. Não parecia que tivesse contado à Rita tudo o que se passara entre eles. Pelo menos Sofia nunca tinha partilhado nada com ninguém, tinham feito uma jura... nunca iriam dizer nada a ninguém.
- Querida, já jantei e para além disso estou cansada e ja vesti o pijama. Olha mana... tem cuidado. Estão sozinhos? - perguntou Sofia receosa do que pudesse acontecer a seguir.
- Não, ele está também com os filhos. Vieram a Lisboa e encontrámo-nos nas Amoreiras. Acreditas que ele é que me reconheceu? Vá, não te preocupes que depois levam-me a casa e eu mando-te mensagem quando chegar... Ele está a mandar-te beijinhos!
"Com os filhos?"- pensou Sofia. Afinal ele tinha seguido com a sua vida e agora era um pai de família, tinha uma esposa, tinha filhos. Possivelmente estava uma pessoa diferente... diferente do rebelde e irresponsável Filipe que conhecera numa tarde quente de agosto do longínquo ano de 1999, na Costa da Caparica.
Terminaram a conversa e Sofia ficou a olhar para o telemóvel... Kiko acordou e saltou do sofá com a agilidade habitual dos felinos dirigindo-se para a cozinha, já sentia fome e hoje a dona não lhe estava a prestar atenção nenhuma.
A raiva que sentira há pouco mais de duas horas parecia acalmar, dando lugar a um sentimento que tinha aprendido a dominar... saudades.
Fechou os olhos, inspirou profundamente três vezes, recostou-se encolhida no sofá, adormecendo com lágrimas a rolarem nas suas faces.
E de repente, já estava sentada na sua toalha de praia da Coca-cola, biquíni preto reduzido demais para a época, pele húmida e salgada, observando divertida os amigos a jogarem uma partida de futebol no areal da praia, quando o rapaz mais giro que vira na vida passou à sua frente. E o momento estava congelado no tempo... o momento em que o surfista de cabelo oxigenado preso num rabo-de-cavalo despenteado e rebelde, olhos azuis e pele bronzeada cruzou o seu olhar com o dela...
- Ai Rita, não estou a ver quem é esse Filipe... - mentiu Sofia com a voz a tremer do nervosismo crescente que sentia dentro de si. Naquele momento sentiu o mundo a ruir à sua volta, o coração a acelerar e a respiração a tornar-se ofegante como quando se corre um pouco para apanhar o autocarro. Sofia não queria acreditar que o Filipe estava a jantar com a sua irmã. Não percebia onde é que ele queria chegar...
- Sofia, vê lá se te recordas ... vamos fazer um brainstorm com as palavras que te vou dizer. Estás pronta?
Sofia queria dizer a Rita que não queria continuar aquela conversa, queria dizer para se afastar dele, para fugir enquanto pudesse mas só conseguiu articular um quase inaudível "Estou pronta".
- Olha... ele está aqui à minha frente e já se fartou de rir com a nossa conversa... ele lembra-se de ti! Então vê lá se as seguintes palavras não te fazem lembrar alguém: férias, surf, loiro... girooo! - Se não fosse a situação que era, Sofia teria achado graça ao jogo da Rita mas queria acabar com aquilo.
- Sim, sim já me lembro dele. O Filipe que conhecemos na Costa da Caparica há muitos anos. - respondeu Sofia emprestando à sua voz uma falsa surpresa.
- Bingooo... acertaste! Ele diz para vires cá ter e jantar connosco. Anda mana...
Sofia tinha a cabeça num turbilhão...
O Filipe estava ao fundo da sua rua a jantar com a sua irmã mais nova mas aparentemente, continuava a manter o segredo que partilhavam. Não parecia que tivesse contado à Rita tudo o que se passara entre eles. Pelo menos Sofia nunca tinha partilhado nada com ninguém, tinham feito uma jura... nunca iriam dizer nada a ninguém.
- Querida, já jantei e para além disso estou cansada e ja vesti o pijama. Olha mana... tem cuidado. Estão sozinhos? - perguntou Sofia receosa do que pudesse acontecer a seguir.
- Não, ele está também com os filhos. Vieram a Lisboa e encontrámo-nos nas Amoreiras. Acreditas que ele é que me reconheceu? Vá, não te preocupes que depois levam-me a casa e eu mando-te mensagem quando chegar... Ele está a mandar-te beijinhos!
"Com os filhos?"- pensou Sofia. Afinal ele tinha seguido com a sua vida e agora era um pai de família, tinha uma esposa, tinha filhos. Possivelmente estava uma pessoa diferente... diferente do rebelde e irresponsável Filipe que conhecera numa tarde quente de agosto do longínquo ano de 1999, na Costa da Caparica.
Terminaram a conversa e Sofia ficou a olhar para o telemóvel... Kiko acordou e saltou do sofá com a agilidade habitual dos felinos dirigindo-se para a cozinha, já sentia fome e hoje a dona não lhe estava a prestar atenção nenhuma.
A raiva que sentira há pouco mais de duas horas parecia acalmar, dando lugar a um sentimento que tinha aprendido a dominar... saudades.
Fechou os olhos, inspirou profundamente três vezes, recostou-se encolhida no sofá, adormecendo com lágrimas a rolarem nas suas faces.
E de repente, já estava sentada na sua toalha de praia da Coca-cola, biquíni preto reduzido demais para a época, pele húmida e salgada, observando divertida os amigos a jogarem uma partida de futebol no areal da praia, quando o rapaz mais giro que vira na vida passou à sua frente. E o momento estava congelado no tempo... o momento em que o surfista de cabelo oxigenado preso num rabo-de-cavalo despenteado e rebelde, olhos azuis e pele bronzeada cruzou o seu olhar com o dela...
Estão aqui todos os capítulos:
Mais uma mensagem
Mais uma mensagem II
Mais uma mensagem III
Mais uma mensagem IV
Mais uma mensagem V
Mais uma mensagem VI
Mais uma mensagem VII
Mais uma mensagem VIII
Mais uma mensagem IX
Mais uma mensagem X
Mais uma mensagem XI
Mais uma mensagem XII
Mais uma mensagem XIII
Mais uma mensagem XIV
Mais uma mensagem XV
Mais uma mensagem XVI
Mais uma mensagem XVII
Mais uma mensagem XVIII
Mais uma mensagem XIX
Mais uma mensagem XX
Mais uma mensagem II
Mais uma mensagem III
Mais uma mensagem IV
Mais uma mensagem V
Mais uma mensagem VI
Mais uma mensagem VII
Mais uma mensagem VIII
Mais uma mensagem IX
Mais uma mensagem X
Mais uma mensagem XI
Mais uma mensagem XII
Mais uma mensagem XIII
Mais uma mensagem XIV
Mais uma mensagem XV
Mais uma mensagem XVI
Mais uma mensagem XVII
Mais uma mensagem XVIII
Mais uma mensagem XIX
Mais uma mensagem XX
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