Sofia chegou ao parque da Paz num instantinho, pois havia pouco trânsito, no entanto, foi difícil arranjar um lugar para estacionar o seu carro. O parque estava cheio de gente: famílias inteiras que aproveitavam o bom tempo para dar uma corridinha, andar de bicicleta ou simplesmente passear; grupos de jovens que jogavam à bola e ainda casais de namorados que deitados no relvado faziam juras de amor eterno e trocavam beijos apaixonados.
Sofia colocou os seus óculos de sol na cabeça, a servir de bandolete, apertou o fecho do seu casaco desportivo de penas até acima e ajeitou o cachecol de maneira a proteger o pescoço do frio que se fazia sentir. Era difícil sentir-se sensual ou atraente com toda aquela roupa e recordou com um brilho especial no olhar, o dia de verão em que conhecera Filipe. Ficou alerta procurando o surfista loiro de olhos azuis e duas crianças, que nem sabia como eram... seriam dois rapazes, um casalinho? Foi andando e apreciando o calor do Sol daquele dia de inverno e dirigiu-se até ao grande lago que se encontra no meio do parque.
Ao longe pareceu-lhe ver uma silhueta familiar, mas apesar de se terem passado dez anos Sofia reconheceu-o. As diferenças centravam-se no cabelo... era agora bem curtinho. Filipe jogava à bola com duas crianças pequenas, não teriam mais de dez anos. Um menino e uma menina... os filhos dele!
Ficou emocionada e parou a observá-los ao longe. Como era possível que a vida tivesse dado tantas voltas e os filhos dele não fossem também dela? A culpa era em parte dela, mas sabia que o Filipe nunca tinha tomado a atitude que levaria a que pudessem sonhar num futuro a dois. Sofia tinha sido sempre a sua amante e nunca mais do que isso. E a relação acabara mesmo por isso... por Filipe nunca ter deixado a sua namorada surfista.
Resolveu ir ter com eles mas nem sabia como se dirigir a ele... Um simples "olá, tudo bem" um beijo ou um abraço carinhoso... E a esposa? Haveria uma mulher? Quem seria a mãe dos meninos? Possivelmente seria a nazarena, mas por alguma razão não se encontrava com eles.
Filipe estava com a bola de futebol nas mãos quando a viu... Os seus olhares fixaram-se e logo as pernas de Sofia fraquejaram, o coração acelerou e as borboletas, lá no estômago, bateram as asas a um compasso digno de uma banda sonora de um qualquer filme romântico. Sofia queria parecer calma e serena mas os seus lábios secaram ao ponto de ter de passar a língua para os humedecer...
Ambos sorriram e, apesar de não saberem, o pensamento silencioso que lhes passou na mente foi o mesmo e gritava:"amo-a"... "amo-o"...
Filipe deixa cair a bola e, observado de perto pelos dois filhos dirige-se em passo apressado até Sofia:
- Sofia... minha querida... - ao proferir estas palavras aproxima-se e abraça-a. Um abraço apertado que matava as saudades sentidas por ambas as partes. Um abraço que esteve tantos anos à espera de ser libertado. Um abraço que fazia esquecer todo o tempo que estiveram separados.
Sofia deixa-se levar pelo abraço, retribuindo o calor e a paixão que sentiu... Peito com peito, braços e mãos nas costas um do outro... Filipe enterra a sua face no cabelo de Sofia inspirando o seu cheiro, querendo guardar aquele momento para sempre, querendo que de repente estivessem sozinhos no mundo, querendo que o tempo parasse para poder deliciar-se, lambuzar-se e voltarem a ser um só.
Sofia, de cara encostada ao peito do surfista ouve o seu coração apressado que parece querer fazer uma batalha com as suas borboletas, sente o corpo que tão bem conhecera e que parece nunca ter deixado de conhecer e suspira profundamente, sussurando, mas querendo gritar, "ohhh Filipe..."
- Quem é essa senhora pai? - chamados à realidade pelo filho mais novo de Filipe, afastam-se sorrindo e com os olhos brilhantes Filipe responde ao filho:
- Esta é a Sofia. Foi por esta senhora que o pai quis voltar a Lisboa. Já vos falei dela... lembras-te Miguel?- perguntou carinhosamente ao rapazinho enquanto lhe ajeitava o gorro na cabeça que teimava em sair.
- Olá Sofia... - disse a menina loirinha, aproximando-se dela de bracitos abertos pedindo um abraço...- Eu sou a Madalena e o papá disse que tu eras muito bonita e és mesmo!
Sofia sem saber o que pensar ou dizer, baixou-se e abraçou a Madalena agradecendo e dizendo-lhe que também ela era linda.
O momento estava pejado de emoção, de sentimentos puros mas Sofia tinha tantas questões... e a mãe? E porque tinha ele contado aos filhos sobre ela? E porque é que ela se sentia mais apaixonada que nunca?
- Olá Miguel! Posso dar-te um abracinho? - perguntou Sofia ao miúdo que logo acenou que sim com a cabeça. Durante o abraço Sofia olhou para Filipe e nem quis acreditar... O surfista durão de olhos azuis chorava ao ver aquela demonstração de carinho dos filhos para com Sofia.
- Ai Filipe... temos tanto para falar... Preciso perceber o que se passa aqui... - disse Sofia olhando para Filipe com um brilho nos olhos, enquanto estendia as suas mãos aos dois pequenitos que rapidamente e com dois sorrisos, lindos e iguais ao do pai , se apressaram a agarrá-las, um de cada lado.
- Sim minha querida- disse Filipe enxugando as lágrimas e colocando um sorriso na cara - precisamos falar!
Sofia colocou os seus óculos de sol na cabeça, a servir de bandolete, apertou o fecho do seu casaco desportivo de penas até acima e ajeitou o cachecol de maneira a proteger o pescoço do frio que se fazia sentir. Era difícil sentir-se sensual ou atraente com toda aquela roupa e recordou com um brilho especial no olhar, o dia de verão em que conhecera Filipe. Ficou alerta procurando o surfista loiro de olhos azuis e duas crianças, que nem sabia como eram... seriam dois rapazes, um casalinho? Foi andando e apreciando o calor do Sol daquele dia de inverno e dirigiu-se até ao grande lago que se encontra no meio do parque.
Ao longe pareceu-lhe ver uma silhueta familiar, mas apesar de se terem passado dez anos Sofia reconheceu-o. As diferenças centravam-se no cabelo... era agora bem curtinho. Filipe jogava à bola com duas crianças pequenas, não teriam mais de dez anos. Um menino e uma menina... os filhos dele!
Ficou emocionada e parou a observá-los ao longe. Como era possível que a vida tivesse dado tantas voltas e os filhos dele não fossem também dela? A culpa era em parte dela, mas sabia que o Filipe nunca tinha tomado a atitude que levaria a que pudessem sonhar num futuro a dois. Sofia tinha sido sempre a sua amante e nunca mais do que isso. E a relação acabara mesmo por isso... por Filipe nunca ter deixado a sua namorada surfista.
Resolveu ir ter com eles mas nem sabia como se dirigir a ele... Um simples "olá, tudo bem" um beijo ou um abraço carinhoso... E a esposa? Haveria uma mulher? Quem seria a mãe dos meninos? Possivelmente seria a nazarena, mas por alguma razão não se encontrava com eles.
Filipe estava com a bola de futebol nas mãos quando a viu... Os seus olhares fixaram-se e logo as pernas de Sofia fraquejaram, o coração acelerou e as borboletas, lá no estômago, bateram as asas a um compasso digno de uma banda sonora de um qualquer filme romântico. Sofia queria parecer calma e serena mas os seus lábios secaram ao ponto de ter de passar a língua para os humedecer...
Ambos sorriram e, apesar de não saberem, o pensamento silencioso que lhes passou na mente foi o mesmo e gritava:"amo-a"... "amo-o"...
Filipe deixa cair a bola e, observado de perto pelos dois filhos dirige-se em passo apressado até Sofia:
- Sofia... minha querida... - ao proferir estas palavras aproxima-se e abraça-a. Um abraço apertado que matava as saudades sentidas por ambas as partes. Um abraço que esteve tantos anos à espera de ser libertado. Um abraço que fazia esquecer todo o tempo que estiveram separados.
Sofia deixa-se levar pelo abraço, retribuindo o calor e a paixão que sentiu... Peito com peito, braços e mãos nas costas um do outro... Filipe enterra a sua face no cabelo de Sofia inspirando o seu cheiro, querendo guardar aquele momento para sempre, querendo que de repente estivessem sozinhos no mundo, querendo que o tempo parasse para poder deliciar-se, lambuzar-se e voltarem a ser um só.
Sofia, de cara encostada ao peito do surfista ouve o seu coração apressado que parece querer fazer uma batalha com as suas borboletas, sente o corpo que tão bem conhecera e que parece nunca ter deixado de conhecer e suspira profundamente, sussurando, mas querendo gritar, "ohhh Filipe..."
- Quem é essa senhora pai? - chamados à realidade pelo filho mais novo de Filipe, afastam-se sorrindo e com os olhos brilhantes Filipe responde ao filho:
- Esta é a Sofia. Foi por esta senhora que o pai quis voltar a Lisboa. Já vos falei dela... lembras-te Miguel?- perguntou carinhosamente ao rapazinho enquanto lhe ajeitava o gorro na cabeça que teimava em sair.
- Olá Sofia... - disse a menina loirinha, aproximando-se dela de bracitos abertos pedindo um abraço...- Eu sou a Madalena e o papá disse que tu eras muito bonita e és mesmo!
Sofia sem saber o que pensar ou dizer, baixou-se e abraçou a Madalena agradecendo e dizendo-lhe que também ela era linda.
O momento estava pejado de emoção, de sentimentos puros mas Sofia tinha tantas questões... e a mãe? E porque tinha ele contado aos filhos sobre ela? E porque é que ela se sentia mais apaixonada que nunca?
- Olá Miguel! Posso dar-te um abracinho? - perguntou Sofia ao miúdo que logo acenou que sim com a cabeça. Durante o abraço Sofia olhou para Filipe e nem quis acreditar... O surfista durão de olhos azuis chorava ao ver aquela demonstração de carinho dos filhos para com Sofia.
- Ai Filipe... temos tanto para falar... Preciso perceber o que se passa aqui... - disse Sofia olhando para Filipe com um brilho nos olhos, enquanto estendia as suas mãos aos dois pequenitos que rapidamente e com dois sorrisos, lindos e iguais ao do pai , se apressaram a agarrá-las, um de cada lado.
- Sim minha querida- disse Filipe enxugando as lágrimas e colocando um sorriso na cara - precisamos falar!
Estão aqui todos os capítulos:
Mais uma mensagem
Mais uma mensagem II
Mais uma mensagem III
Mais uma mensagem IV
Mais uma mensagem V
Mais uma mensagem VI
Mais uma mensagem VII
Mais uma mensagem VIII
Mais uma mensagem IX
Mais uma mensagem X
Mais uma mensagem XI
Mais uma mensagem XII
Mais uma mensagem XIII
Mais uma mensagem XIV
Mais uma mensagem XV
Mais uma mensagem XVI
Mais uma mensagem XVII
Mais uma mensagem XVIII
Mais uma mensagem XIX
Mais uma mensagem XX
Mais uma mensagem II
Mais uma mensagem III
Mais uma mensagem IV
Mais uma mensagem V
Mais uma mensagem VI
Mais uma mensagem VII
Mais uma mensagem VIII
Mais uma mensagem IX
Mais uma mensagem X
Mais uma mensagem XI
Mais uma mensagem XII
Mais uma mensagem XIII
Mais uma mensagem XIV
Mais uma mensagem XV
Mais uma mensagem XVI
Mais uma mensagem XVII
Mais uma mensagem XVIII
Mais uma mensagem XIX
Mais uma mensagem XX
Sem comentários:
Enviar um comentário