10 de dezembro de 2016

Mais uma mensagem X

Raios de luz entravam pelas persianas mal fechadas e incidiam diretamente na face de Sofia que despertava de uma noite descansada. Abriu os olhos e fechou-os novamente incomodada pela luz forte do sol. Lembrou-se imediatamente de Filipe, e no que tinha pensado fazer para poder estar de novo com ele... Ia telefonar já à sua amiga Carlota e sem abrir o jogo, pedir-lhe-ía o número de telemóvel do surfista de olho azul.
Sentou-se na cama e espreguiçou-se durante uns segundos, esticando os músculos que pareciam doridos de tantas horas deitada na cama. Na mesinha de cabeceira o despertador mostrava que já passava das 10 horas da manhã. Já há muito tempo que não dormia 12 horas seguidas. Levantou-se e pegou no elástico para prender os seus caracóis num rabo-de-cavalo. Bolas, já estava tanto calor, mesmo tendo dormido apenas com um pequeno top e cuecas, acordara a precisar de um banho. Pegou no telemóvel que ficara a carregar durante a noite, desligou o carregador da ficha, enrolou-o e guardou-o na gaveta da mesa de cabeceira.
Olhou para o telemóvel e percebeu que tinha uma mensagem escrita de um número que não fazia parte dos seus contactos. Apressou-se a ler e, de repente, os seus olhos brilharam tanto que ofuscaram o brilho dos raios de sol que invadiam o seu quarto. Sorriu e despois de ler pela segunda vez a mensagem, deixou-se cair na cama de costas, telemóvel entre as mãos e junto ao coração. Desatou a rir dizendo " eu não acredito, eu não acredito".
Cerca de meia hora depois já estava pronta para sair de casa. Os pais tinham ido trabalhar e a irmã Rita devia ter saído mais cedo com as amigas. Assim, despachou-se no duche, vestiu um vestido prático e desportivo e calçou as sandálias novas que a magoavam um pouco no calcanhar mas combinavam na perfeição com o vestido.
Saiu de casa mas nem sabia bem o que fazer... só sabia que estava radiante e excitada com a mensagem que recebera de Filipe. Desde que a lera, um sorriso parvo teimava em não sair dos seus lábios. E a mensagem não era nada de especial mas por outro lado era tudo o que Sofia precisava naquele momento. "Olá Sofia. Hoje não fui à praia convosco mas amanhã irei lá ter. Podíamos beber um café na esplanada da praia. Que tal? Filipe, primo da Carlota"
Sofia não queria esperar tanto tempo para estar com Filipe... "Mas que parva, ele merece uma resposta e já mandou a mensagem ontem à noite... vou ligar-lhe!" - pegou no telemóvel mas... "E digo-lhe o quê? Olá Filipe, estou desejosa de te ver e de me perder nos teus braços... Que estupidez, não posso parecer tão oferecida e disponível".
Sentou-se ao volante do carro do pai, colocou a chave na ignição e ligou apenas o rádio. Tocava "You could be mine" dos Guns'n Roses, era o momento perfeito para telefonar ao surfista. Nesse momento recordou-se dos olhares trocados na praia e arrepiou-se... "Caramba... aquele gajo mexe comigo!"
- Estou? Filipe? É a Sofia, a amiga da Carlota! - a voz tremeu um pouco mas não pareceu desesperada...
- Sofiaaaa! Tudo bem? E então, aceitas a minha proposta? Por voltas das 15 horas bebemos um café?
- Olha... sabes... ehhhh... tenho que ir a Almada tratar duns assuntos e lembrei-me que podíamos almoçar... Conheço uma pizzaria muito boa. 
- Sofia... hum, como sabes que adoro pizas? Pode ser claro! Como combinamos?
Sofia acabava de estacionar bem perto do Centro Comercial M.Bica onde iria almoçar com o surfista de olho azul. Estava ansiosa e tinha a boca seca, não sabia o que ia acontecer a partir dali, mas sentia que precisava de estar com ele. Filipe era o género de homem com que sempre fantasiara, porém tinha uma namorada. Pensou também que possivelmente ele  seria fiél à namorada, e Sofia sairia perdedora desta guerra ainda antes de haver qualquer batalha.
Saiu do carro, pegou na mala e ajeitou o vestido... quando uma carrinha pão-de-forma azul clarinnha estaciona mesmo ao lado do seu carro. Era o Filipe e trazia na cara o sorriso lindo e sincero que fazia tremer as pernas de Sofia. Correspondeu com um sorriso tímido e ajeitou os longos caracóis demonstrando algum nervosismo perante o encontro esperado.
Sofia, ganhou coragem, fingiu que não se sentia excitada com a situaçao, deu a volta ao seu carro e dirigiu-se até bem perto da porta. 
- Oi.... que carro fixe!!! - foi a única coisa que lhe saiu da boca, tendo-se arrependido logo. Caramba, Sofia, "que carro fixe???". - pensou ela
- Gostas? - perguntou Filipe enquanto saía do carro e tirava os óculos de sol. - Vê lá dentro... foi toda renovada há pouco mais de um ano.
Sofia virou-se e espreitou para dentro da carrinha, colocando as mãos encostadas ao vidro, em forma de pala para conseguir ver o seu interior. Filipe aproximou-se e encostou-se de lado ao veículo do qual se orgulhava muito.
- Uauuu, muito bem! - disse Sofia ao mesmo tempo que se virou para Filipe e se apercebeu da pouca distância que os separava e suspirou... O olhar penetrante de Filipe, a presença tão próxima do surfista deixaram Sofia sem palavras e acabou por dizer com uma voz rouca - É linda!
Filipe aproximou-se ainda mais, tocou-lhe suavemente no queixo e sorriu dizendo:
- Tu és linda! - e sem tirarem os olhos um do outro, Filipe aproximou-se mais um pouco, tanto, que Sofia acabou por encostar-se à carrinha e fechar os olhos no exato momento em que os lábios de Filipe tocaram nos seus e as suas mãos a agarraram delicadamente pela cintura, puxando-a de encontro ao corpo musculado e quente de Filipe.

Mais uma mensagem IX

Filipe pôs a mochila às costas, pegou na prancha e despediu-se do grupo de amigos com um simples"tchau". Olhou para o mar tentando ver pela última vez a amiga da prima... queria guardar na memória aquela morena de sorriso quente e provocador. A miúda era gira e sensual, porém estava mais ou menos ocupada... "uma pena", pensou o surfista virando costas ao problema que iria criar se continuasse ali por mais tempo.
Entrou no seu Volkswagen "pão de forma", comprado há precisamente um ano, e rumou até casa dos tios, pais de Carlota, que viviam em Almada. 
Filipe estava à procura de emprego em Lisboa ou arredores, queria deixar a cidade de Abrantes onde vivia desde sempre mas que sabia não ter grande futuro para si. Era uma cidade bonita e histórica mas demasiado pequena e onde nada ou muito pouco se passava. Tinha lá os seus avós, que viviam mesmo no centro da cidade numa casa antiga e cheia de memórias dos seus falecidos pais. Tinha feito muitos amigos, conhecia muita gente e nunca se sentia sozinho, mas não conseguia ficar lá muito mais tempo. Filipe gostava era de estar perto do mar... era na praia que se sentia em casa. Nos últimos anos tinha descoberto o surf e sabia que o seu futuro teria de ser feito junto ao mar. Nazaré e Peniche tinham sido nestes últimos tempos os locais onde passava os fins-de-semana a fazer aquilo que mais amava... Também tinha sido na praia que conhecera Patrícia, a sua atual namorada, por quem se apaixonara assim que a viu a sair do mar, de prancha debaixo do braço.
Quando a prima o convidou para ir com ela e uns amigos até à Costa ele aceitou de imediato mas nunca pensou que fosse para   ir conhecer alguém que o deixasse assim tão "desconfortável".
Não queria, mas a miúda, cujo nome já nem se lembrava, tinha-o provocado de uma maneira desconcertante... Os olhares, a conversa, as mamas... Filipe abanou a cabeça, tentando afastar a imagem dos seios da miúda, e aumentou o volume do auto-rádio onde se ouvia High and Dry dos Radiohead, uma das suas bandas favoritas. Sorriu, abriu o vidro do carro, tirou o elástico do cabelo, sacudindo-o levemente e acelerou sentindo a brisa quente na sua pele queimada e salgada.
Continuava a pensar na ... Sónia? Sara?... Caraças, não se lembrava do nome, mas não se esquecia do sorriso... e de como aquele biquíni lhe ficava tão bem!
No dia seguinte resolveu ir até à praia de Carcavelos, queria manter-se longe da amiga da prima... ou não... Desceu para tomar o pequeno-almoço e avisou a prima, que já se encontrava à mesa, que não iria com ela até à Costa. Mas tinha um favor a pedir-lhe:
- Podes dar-me o número de telefone daquela tua amiga? E não faças perguntas... - disse Filipe com um ar bastante sério, mas a pensar para consigo porque raio é que estava a fazer aquilo... ia-se meter em problemas. Não conseguia ser racional... só conseguia pensar na morena de biquíni preto.
- Ok primo... mas para que queres o número da Sofia? -questionou intrigada.
- Eu disse para não fazeres perguntas... Dás ou não? - perguntou Filipe enquanto pegava numa fatia de bolo e dava uma grande dentada.
- Tudo bem, mas vê lá o que fazes... ela é minha amiga!
- Don't worry priminha - respondeu Filipe ainda a mastigar e a saborear o bolo de laranja que a tia tinha feito na véspera. - Obrigado! Mas não digas nada à Sofia - Afinal era esse o nome da morena que o tinha deixado com insónias nessa noite.
Após um grande dia de surf, depois de um belo jantar na companhia dos tios e da prima e depois de pegar várias vezes no seu Sony Ericson, acabou por escrever uma mensagem e enviou-a à miúda que não lhe saía da cabeça. Mal sabia Filipe que seria apenas a primeira de milhares de mensagens que iria trocar com Sofia, a morena de sorriso quente e provocador.

8 de dezembro de 2016

Mais uma mensagem VIII

Sofia chegou a casa com uma terrível dor de cabeça e a sentir-se triste e desolada...
Aquele dia de praia sem o Filipe, sem saber nada dele e sem ter como o contactar deixou-a de rastos. Ainda pensou pedir o número de telemóvel a Carlota mas não queria levantar suspeitas, pelo menos por enquanto ninguém precisava saber como se estava a sentir em relaçao ao surfista loiro, de cabelo despenteado e olhar profundo e intimidante.
Gostava de ter estado mais tempo com Filipe, gostava de o conhecer melhor e intimamente e nem sequer estava muito preocupada com o facto de ele ter uma namorada.
Sofia não queria namorar com ele...O verbo namorar é muito difícil de conjugar e Sofia não queria estar presa a ninguém. Tinha experimentado durante uns anos com o Ricardo e muitas vezes fora um sufoco manter a relação. As obrigações, os ciúmes, os horários, a dependência... tudo isso não era para si! Gostava de ter liberdade para fazer o que lhe apetecesse sem ter que avisar, questionar se podia ou pedir autorização.
Já lhe chegavam os pais que tentavam controlá-la só por ainda viver com eles, na mesma casa e conduzir o único carro da família. Sofia era diferente das outras mulheres da sua idade, que com 23 anos já pensavam em casar e ter filhos. Ela não desejava partilhar a sua vida com ninguém. Desejava partilhar momentos de prazer e de felicidade e neste momento era com Filipe que queria fazer essa transação de sensações, de instantes, de pedaços da vida.
Deu um beijo ao pai e outro à mãe e disse que não queria jantar. Os pais entreolharam-se e perceberam que a filha não estava bem...
- Dói-me a cabeça papá, estava muito calor e o sol deve ter-me feito mal... vou tomar um banho e dormir.
- Toma um aspegic ... vais sentir-te melhor -aconselhou a mãe, que era conhecida como a farmácia ambulante por ter sempre à mão o medicamento necessário para qualquer maleita que afligisse as filhas ou o marido.
Sofia já nem ouviu a mãe pois encaminhava-se rapidamente para a casa-de-banho.
Despiu-se lentamente, enquanto observava o seu reflexo no espelho por cima do lavatório. Observou os seus seios voluptuosos e sorriu ao lembrar-se que no dia anterior Filipe tinha tido dificuldade em desviar o olhar das suas mamas. Era compreensível.
Entrou no duche e a água morna, ao tocar na sua pele bronzeada, seca e arrepiada  provocou-lhe uma sensação de prazer... quase comparável às mãos de Filipe a percorrer o seu corpo... Pelo menos Sofia gostaria que assim fosse... e imaginou-o ali, na sua banheira a tocá-la e a beijá-la. Fechou os olhos e visualizou os lábios carnudos, a barba de dois dias a percorrer o seu pescoço e a provocar arrepios de prazer... Todo o seu corpo reclamava a presença física de Filipe e sendo isso impossível, por agora Sofia teria de se acalmar, aceitar e esperar que se voltassem a encontrar.
Terminou o duche rapidamente. Voltou a olhar-se no espelho e questionou-se se seria o tipo de mulher que agradaria a Filipe... Não era uma mulher bonita mas sabia que tinha um corpo interessante com as curvas que os homens gostam de ver, de sentir e de percorrer com os dedos.
Enfiou-se na cama ainda com o longo cabelo encaracolado todo molhado mas não se preocupou com esse pormenor, só pensava que no dia seguinte teria de delinear uma estratégia, um plano para alcançar os seus objetivos. Precisava estar com Filipe, tinha de conseguir falar com ele sobre os seus sentimentos e perceber se ele também sentia o mesmo por ela. Não era amor, não era paixão... era algo mais carnal e instintivo.
A dor de cabeça continuava a massacrar-lhe as têmporas mas acabou por adormecer ainda antes das 22 horas. Cerca de meia hora depois o seu Nokia 3210 registou a entrada de uma nova mensagem escrita de um número desconhecido. A mensagem estava assinada: "Filipe, o primo da Carlota"...

Toasted Popcorn

Tinha eu acabado de me sentar no sofá quando o miúdo se lembrou de querer umas pipocas... olhei para ele de lado com o meu ar de "deves pensar que eu me vou levantar só para fazer umas pipocas"... e pronto, lá foi ele fazer as suas primeiras pipocas sozinho (de micro-ondas claro).
Passados uns minutos disse lá da cozinha que estavam um bocadinho queimadas...
- Um bocadinho queimadas Daniel????!!!!
Ahahahah...

Como é feriado. ..

Mais uma mensagem VII

Envolvidos na conversa nem se aperceberam do tempo passar e, de repente, já o grupo de amigos se voltava a reunir. As gargalhadas e as brincadeiras constantes entre os amigos quebraram a ligação que se começava a construir entre Sofia e Filipe. Este levantou-se para Carlota se poder deitar na sua toalha e Ricardo colocou a sua toalha mesmo ao lado de Sofia.
A tarde foi passando e Sofia tentava prestar atenção à conversa entediante que o seu ex-namorado tentava manter com ela, mas na sua mente só se ouvia um estranho diálogo a duas vozes "Não te apaixones ... Mas ele é tão lindo... Ele namora, não tens hipóteses... Mas não o deixes fugir".
Tentava não olhar para Filipe mas a vontade era mais forte que ela e das várias vezes que olhou na sua direção Filipe correspondeu com um olhar profundo, intimidante e arrebatador... Timidamente, Sofia desviou sempre o olhar e lembrou-se do que a amiga lhe tinha contado do primo "...tem a fama de conquistar corações e depois desfazê-los em pedaços".
Sofia sentia-se quente. O sol das 17h continuava abrasador e agora sim, sentia vontade de ir dar um mergulho. Precisava refrescar as ideias e acalmar o coração indomável que agora se sobrepunha à sua mente racional... Coração 1 - mente 0
- Vou dar um mergulho, quem vem comigo? - questionou Sofia aos amigos na ânsia que Filipe se oferecesse para ir com ela. No fundo era um convite e ela só esperava que ele mordesse o isco...
Olhou para ele, perdeu-se no olhar correspondido de um imenso azul e ouviu Ricardo a dizer que ia com ela... Merda ... Não era essa voz que ela queria ouvir.
Enquanto caminhavam até à beira-mar Ricardo comentou com Sofia que não simpatizava nada com Filipe, pois achava-o "um grande convencido". Sofia não comentou...
Não demoraram a entrar na água e depois de meia dúzia de mergulhos refrescantes regressaram ao encontro do grupo. Sofia estacou... o Filipe já lá não estava!
Nem queria acreditar... Toda a excitação que sentia dentro de si, provocada pela presença daquele homem desmoronou-se como um castelo de areia quando é atingido por uma onda... ficou desolada! Tentou não transparecer a desilusão mas acabou por perguntar a Carlota pelo primo.
- Teve de ir embora, não sei bem porquê... Acho que estava à espera de ter grandes ondas aqui na Riviera e aborreceu-se. Mas amanhã deve voltar!
Sofia renasceu por dentro e o diabinho que antes a instigara a olhar e provocar Filipe bateu palmas de alegria... para Sofia eram as famosas borboletas no estômago.
Acabado o dia de praia rumaram ao  estacionamento e no trajeto Carlota faz sinal a Sofia para irem mais devagar... queria falar com ela a sós.
- Ouve lá amiga, não sei o que vocês conversaram, tu e o Filipe, mas ele não gostou nada de uma coisa que eu lhe disse. Depois disso ele pegou na mochila e na prancha e foi-se embora...
- A sério? Mas o que é que lhe disseste?- perguntou Sofia curiosa mas apreensiva.
- Opá, eu só lhe disse que apostava que tu e o Ricardo ainda iam reatar a vossa relação. O Filipe pareceu ficar estranho, chateado sei lá... e bazou! Estava a passar-se algo entre vocês??? Eu avisei-te que ele tem namorada...- rematou Carlota agarrando o braço da amiga obrigando-a a encará-la.
- Não, Carlota apenas conversámos sobre a praia e as férias ...pouco mais. -  Sofia tinha de omitir todos os olhares trocados que indiciavam vontades de ambas as partes e sossegou a amiga, reafirmando que nada de importante se passara entre eles.
No dia seguinte todo o grupo voltou a reunir-se na praia da Riviera, mas o Filipe não apareceu...

5 de dezembro de 2016

Upssss

Estou tão, tão, tão feliz que nem imaginam...
- não, não fiquei milionária;
- não, não estou grávida;
- não, não estou quase de férias...

Passo a explicar a razão de tão grande e imensurável felicidade: lembram-se quando fiquei muito triste há cerca de uma semana por ter apagado sem querer montes do fotografias? 

Na altura não contei tudo... disse que tinham sido cerca de 300 mas, afinal eram mais de 4000 fotografias perdidas para sempre. Para além desses registos importantes foram também apagadas todas as minhas músicas, todas as playlists, todos os downloads.

Acabei por aceitar e perceber que não iria ser essa perda que me iria deixar triste e desconsolada. Life goes on! São apenas fotos e músicas que facilmente poderei repor.

Hoje o meu telemóvel bloqueou e não o consegui desligar normalmente, assim, abri a tampa para poder tirar a bateria e voltar a ligar e .... upssss.... o cartão de memória caiu para a minha mão... literalmente!

Ainda fiquei a pensar mas depois fez-se luz... o cartão de memória não estava bem encaixado, por isso não tinha todas as 4000 fotos e outras centenas de músicas.

Encaixei muito bem o cartão, liguei o telemóvel e fiquei tão feliz pois afinal não estava nada perdido.

Tenho tudo de volta e aprendi a lição... sempre que retirar os cartões, seja por que razão for, devo voltar a encaixá-los bem.

E pronto tenho de assumir que sou um bocado ingénua no que aos gadgets diz respeito e que se calhar ficaria mais feliz se me saísse no euromilhões. Mas pronto, estou grata ao universo por me ter pregado esta pequena partida!